É numa espécie de cadeia de montagem invisível que o trabalho tradicionalmente atribuído às mulheres toma lugar. Os gestos diários dessas práticas originam linguagens corporais, danças e sussurros que se tornam mais evidentes quando se pensa através dos alimentos e dos objetos, seja pela sua presença como pela sua ausência.
“às mulheres a casa, aos homens a praça”
Nesta instalação, todos os corpos estão convocados. É o mercado enquanto praça, espaço público, visível, de interação e socialização que se ocupa de forma enunciativa. Estão convocados os corpos e as gestualidades femininas para os lugares onde não se espera que eles — elas — estejam. Com a sua força, as mulheres fazem parte de um circuito de produção que é essencial à manutenção da vida e de uma outra força, apropriada: a força de trabalho, posta à venda num outro tipo de mercado.
Guião
Um escaparate tradicional de mercado, suporte de caixas de frutas e legumes recebe um monitor com um vídeo-ensaio que introduz diversas etapas de uma linha de montagem, aplicada aos rituais domésticos (danças mais ou menos silenciosas). Tudo começa com um cenário que funde os meios de produção com o seu entorno — quase preto no branco, os gestos trabalhosos vão ganhando relevo. Na preparação da mesa, a estética fílmica é tranquila, com tonalidades claras e o azul pontuando um pano de fundo harmonioso. Um novo close-up sugere uma nova perspetiva sobre o que se passa: a linha é hackeada com a introdução de erros que interrompem uma suposta linearidade dos gestos, até então mais ou menos tranquilos. O tom ‘escalatório’ de revolta ganha força com os tons vivos que vão tomando de assalto o quadro vivo.
Fotografia por Mariana Lopes
maio 2022
Produtora
Mafalda Fernandes
Fotógrafa
Mariana Lopes
Parceiro institucional
Ministério da Cultura - Repíblica Portuguesa
Agradecimentos
Frutaria O canteiro do avô almeida
É numa espécie de cadeia de montagem invisível que o trabalho tradicionalmente atribuído às mulheres toma lugar. Os gestos diários dessas práticas originam linguagens corporais, danças e sussurros que se tornam mais evidentes quando se pensa através dos alimentos e dos objetos, seja pela sua presença como pela sua ausência.
“às mulheres a casa, aos homens a praça”
Nesta instalação, todos os corpos estão convocados. É o mercado enquanto praça, espaço público, visível, de interação e socialização que se ocupa de forma enunciativa. Estão convocados os corpos e as gestualidades femininas para os lugares onde não se espera que eles — elas — estejam. Com a sua força, as mulheres fazem parte de um circuito de produção que é essencial à manutenção da vida e de uma outra força, apropriada: a força de trabalho, posta à venda num outro tipo de mercado.
Guião
Um escaparate tradicional de mercado, suporte de caixas de frutas e legumes recebe um monitor com um vídeo-ensaio que introduz diversas etapas de uma linha de montagem, aplicada aos rituais domésticos (danças mais ou menos silenciosas). Tudo começa com um cenário que funde os meios de produção com o seu entorno — quase preto no branco, os gestos trabalhosos vão ganhando relevo. Na preparação da mesa, a estética fílmica é tranquila, com tonalidades claras e o azul pontuando um pano de fundo harmonioso. Um novo close-up sugere uma nova perspetiva sobre o que se passa: a linha é hackeada com a introdução de erros que interrompem uma suposta linearidade dos gestos, até então mais ou menos tranquilos. O tom ‘escalatório’ de revolta ganha força com os tons vivos que vão tomando de assalto o quadro vivo.
Fotografia por Mariana Lopes
maio 2022
Produtora
Mafalda Fernandes
Fotógrafa
Mariana Lopes
Parceiro institucional
Ministério da Cultura - Repíblica Portuguesa
Agradecimentos
Frutaria O canteiro do avô almeida